Maratona de Banca: Junho.



Chantagem de Amor
Lucy Monroe


       Os protagonistas desta maravilhosa história grega são Savannah e Leiandros Kiriakis. A história começa com um funeral, na verdade um duplo funeral da esposa de Kiriakis e de seu primo que também é o ex-esposo de Savannah. 
        Em meio ao tão característico ritual dos funerais, é difícil um funeral que não tenha um espetáculo, pois bem Savannah é ofendida, destratada, humilhada e praticamente expulsa com um chute na bunda, pois bem nesse lindo momento de união familiar aparece nosso magnata grego! Pois é até parece, um cavaleiro numa armadura reluzente pronto para salvar a mocinha, mas de príncipe ele não tinha nada, simplesmente se juntou ao coro!!! 
        A história já começa com tanto antagonismo que fiquei com pena da Savannah, odiando o Leiandros e desejando que aparecesse um príncipe tudo de bom e salvasse a coitada. Não acredita vê só a promessa de vendetta que o "mocinho" faz:   

      "De­pois  de  expressar  seu  respeito  por  Petra com um ano de luto, voltaria  a        ver  Savannah.  E  então  ele  a  faria  pagar  por  tudo  que  causara a sua fa­mília ......... por tudo que causara a ele".

        Bom depois dessa linda declaração ficou claro que o cara era da pior espécie e que Savannah merecia alguém melhor, pois é, mas a autora quis juntar os dois e armou mais um episódio horroroso ao meu ver, quer chantagear uma pessoa sem auto estima e vítima de um casamento abusivo? Ameace separa-la de seus filhos, pois essa foi a brilhante ideia da Lucy Monroe acabar de vez com o pouco equilíbrio emocional e amor próprio que a Savannah ainda possuía levando-a a aceitar toda e qualquer proposta daquele lunático. 
            Apesar de passar o livro todo, desacreditando que o Leiandros amava a Savannah, você se pega querendo saber como vai terminar, quando o idiota vai cair na real e como vai rastejar implorando perdão, porque seria isso que eu precisamente o faria fazer, rastejar e muito!!!!!!!!!!!!!!!!! Isso me fez lembrar de um romance histórico que a protagonista (pertencente ao seleto club de mulheres que não levam desaforo pra casa, nem ficam chorando, que enfim honram os espartilhos que vestem!) fez o mocinho rastejar em publico, implorando perdão e dizendo o quanto a amava, pois bem era isso que a Savannah deveria ter feito com o Leiandros, mas tadinha ela estava com a auto estima lá em baixo, além do mais o Kiriakis é um DOMINADOR GREGO. 
           Ainda não entendo bem esse lance de dominador grego, italiano.... enfim sempre houve homens dominadores e mulheres dominadas (meu lado feminista falando), o que não entendo é essa tendência a colocar na capa a nacionalidade do cafajeste, porque sinceramente será que no restante do mundo não existem homens dominadores? Mas enfim, o romance não é ruim, até posso dizer que dos livros que já li da Lucy Monroe esse é um dos que mais gostei, recomendo a leitura, se não pela história para torcer pela Savannah, quem sabe se unimos forças não mudamos o final da história. hihihihi  


                 BOA LEITURA!!!!!!!!!!!!!!





O Poder do Amor - Candace Camp




O   Poder  do  Amor



  "Uma  casa  sombria,  dois  céticos,  um  amor  que  ultrapassa     o tempo e o espaço, o surgimento das primeiras práticas de conversação  com  os  mortos  esse  é  o  cenário  do  primeiro    livro da série Moreland de Candace Camp". 






     No primeiro volume da série Moreland, somos apresentados a não só um mas dois pares românticos: Lady Alys e John;
                              Olivia Moreland e Stephen Saint Leger.

      Olivia e Stephen são dois céticos que não acreditam de maneira alguma que possamos nos comunicar com aqueles que já não estão em nosso mundo. De fato a senhorita Moreland montou um negócio (olha o espírito empreendedor aí) no qual ela se propunha a desmascarar médiuns oportunistas do sofrimento alheio. Nesse ponto, a mãe de Stephen, Lady Saint Leger, que havia perdido o filho primogênito há quase um ano, cheia de pesar pela perda de seu querido Roddy, cai nas garras de Madame Valenskaya. 

     Assim, Stephen contrata os serviços da "louca Moreland", é assim que os membros excentricos de sua família são chamados, por toda a alta sociedade. No decorrer do livro passamos a compreender o porquê do titulo tão arbitrário e pouco preciso, afinal eles não são loucos apenas não compartilham da mesma paixão que são considerados tão interessantes pela nobreza. 

      Olivia é levada para a casa de campo da família Saint Leger em Blackhope (esperança negra), o nome por si só já confere uma certa lugubridade ao local, lá chegando uma série de eventos vai levar nosso casal a desconfiar de tudo e de todos e de sua própria sanidade. Além disso, surge nesse momento, nosso segundo casal romântico Lady Alys e John, separados pelo tempo e pelo espaço, Olivia e Stephen passam a ter conhecimento desses amantes através de sonhos, em que é revelada uma cadeia de acontecimentos que levaria a morte, traição e dor. 
      
       Particurlamente não sou muito fã de romances sobrenaturais, mas tenho que admitir, Candace Camp fez um trabalho primoroso e agradável, sem pretenções que me levou a uma adorável viagem através do tempo e do espaço, adorei os dois casais, tanto os do presente como os do passado. Só fiquei um pouco decepcionada, pois adoraria ter conhecido toda a história de Alys e John, vamos esperar que a autora escreva um livro só deles. 


"Todas as pessoas que amamos e perdemos, ainda estão vivas no passado. A única coisa que realmente nos separa é o tempo."



Maratona de Banca: Abril





A Mansão dos Segredos



"Há várias gerações, terras e títulos de nobreza foram concedidos à família Aincourt pela sua lealdade ao rei. A antiga abadia Darkwater, no entanto, veio com uma maldição: nenhum Aincourt que a possuísse conheceria a felicidade".




Nessa primeira história da série Os Aincourt, Candace Camp nos apresenta a Devin, o conde de Ravenscar e a nossa heroína americana Miranda Upshaw. A história começa com o ultimato de Lady Ravenscar para que seu filho Devin contraísse matrimônio com Miranda e, assim salvasse a família e a propriedade da ruína.

A primeira impressão que temos é que é mais uma das inúmeras histórias em que o noivo se casa por interesse, a mocinha sofre horrores e por fim o amor floresce, kkkk. Doce ilusão!!! Na verdade acontece justamente o contrário: certo que faria um favor ao pedir em casamento uma insípida herdeira americana, Devin nem se dá ao trabalho de olhar para a Miranda, esta por sua vez olha para ele e lhe dá a primeira de uma série de quebras de expectativas, que já tive o prazer de ler num romance. Miranda lhe diz NÃO ao pedido e enumera uma série de razões (muito plausíveis ao meu ver) de porque uma ignorante como ela, não deveria se casar com o senhor libertino "conheço todos os meus antepassados", deixando o Devin definitivamente entre o perplexo e o raivoso. 
A partir daí, acredite-me, eu torcia freneticamente que a Miranda leva-se a melhor nas discussões com o Devin, cheguei ao ponto de duvidar se a autora conseguiria unir água e óleo, e o resultado foi mais do que satisfatório. Não só uniu esses dois opostos, como também levou um notório libertino a uma redenção. Para entender porque a Mansão dos Segredos é uma história tão única basta imaginar que o Devin é uma mulher e a Miranda é um homem. Exatamente isso cara leitora, imagine a Miranda indo na casa do Devin sozinha e o propondo em casamento, além de propor que o casamento dos dois será apenas um acordo de negócios sem qualquer tipo de paixão, ou seja necas de consumação; além disso o Devin (que deveria ser aquele quem manda não só no dinheiro como também na esposa) passaria a ganhar uma pensão bastante generosa. Até ai bem plausível, afinal o cara havia liquidado a fortuna da família com jogos, bebidas e Leona, mas a cereja do bolo seria o fato do Devin ainda agradecer e dizer que ela tirava um peso das suas costas porque ele era um administrador incompetente. 
Mas em toda boa história temos que ter a Messalina e em a Mansão dos Segredos ela é representada pela Leona, uma vadia com pretensões de deusa, affff odiei a vilã, eu sei que normalmente odiamos os vilões, mas a Leona, foi em tantas aspectos a pior vilã que conheci, destruiu a vida de tantas pessoas durante a história que deu até agonia e por fim ainda achou bonito ir no casamento da Miranda e ridicularizar a coitada.... pobre coitada de boba a Miranda só tem o título, ela deu um tapa na cara da Leona com luvas de pelica, foi bonito de se ver, ou melhor de se ler.
 


Uma história romântica despretensiosa, com leves toques de humor sarcástico e uma boa dose de mistério fazem de a Mansão dos Segredos um livro mais do que especial para iniciar essa Maratona de Banca. Super recomendado e boa leitura, garanto que não irá decepcionar!